segunda-feira, 25 de junho de 2007

O grito

O grito
sentencia a calada noite
a um fúlgido desespero
é a equação exata
de nossas somas
depois de muito tentar
ilesar-se

Eu grito
mas meu grito não é gritante
como a cor de seus olhos
duas figuras desesperadas
Orbitas exorbitantes
que exalam o chamado à irrelevância

E me calo
como todo tolo deveria calar-se
Respeitando a ignorância do meu ser
Tudo que sei
é que mais poderei saber
mas por hora
regozijo-me à cegueira da liberdade
e se nada compreender
grito.

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